O lado cego é mais um filme baseado em fatos reais com cenas emocionantes e alegres ao mesmo tempo. Sandra Bullock consegue fazer com o que o instinto materno extravase e chegue ao coração de quem está assistindo.
Michael é um jovem negro, sofrido e vindo de um lar destruído pelas drogas e pela violência. Tudo ao seu redor é estranho, ele se sente não fazendo parte do mundo, até uma família de brancos, muito ricos, resolver adotá-lo e investir em seu potencial. Aos poucos Michael vai se reencaixando no mundo e com a ajuda da família e do técnico ele consegue superar as próprias expectativas.
Este filme é um exemplo de que os dias do racismo estão contados, dias futuros em que o lado externo não terá mais valor e o coração e os bons sentimentos falarão mais alto.
Mostra também que as diferenças sociais são apenas invenções da sociedade e que não existem barreiras quando existe o amor, e a força de vontade aliada a fé, move montanhas. Além disto, relata o quanto a sociedade é injusta e apenas enxerga o que quer, tornando ações boas em ruins, manipulando as pessoas para que haja a destruição do projeto de uma família perfeita.
Sandra Bullock conseguiu se redimir neste filme, já que em Crash- No Limite, a sua personagem foi a mais cheia de preconceitos, além de passar a mensagem do sentido de ser mãe, ela conseguiu reportar o amor.
Não li o livro em que o filme foi baseado, mas não gostei do roteiro, ele não está muito desenvolvido, parece que algumas partes possuem falhas, além de tornar várias partes previsíveis. A direção do filme é básica, nada de espetacular, o que não influenciou em nada na grande atuação de Sandra Bullock.